Procura das empresas por crédito cai em maio, mas a do consumidor sobe

Por: Camila Mendonça 187 views

Indicador da Serasa Experian mostra que a demanda do comércio por crédito caiu mais de 9%; consumidor, por sua vez, já está com mais apetite

cred: Shutterstock

A procura das empresas do comércio por crédito aumentou 9,1% em maio, na relação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da Serasa Experian. A queda está bem acima da média, que foi de um recuo de 5,4% entre as companhias de todos os segmentos.

O indicador mostra que as empresas do setor industrial apresentaram queda de 9,5% na busca por crédito. Já o segmento de serviços, esse recuo foi bem menor, de 0,6%.

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Na relação com abril, contudo, as empresas elevaram a busca por crédito, em 12,3%. De todos os segmentos, o comércio foi o que menos buscou financiamento nessa base de comparação, com alta de 9,6%. A indústria, por sua vez, cresceu 10,9% na busca por crédito; e serviços elevou a procura em 15,3% em maio, frente a abril.

No acumulado do ano, a busca das empresas por crédito caiu 3,2%. Segundo os economistas, “a procura por crédito por parte das empresas ainda segue bastante deprimida, apesar da economia demonstrar alguns sinais de saída da recessão. O agravamento da crise política a partir da segunda quinzena de maio pode ter também impactado negativamente o apetite por crédito por parte das empresas”.

Consumidores buscam mais

Enquanto as empresas estão buscando menos crédito, ainda cautelosas com o cenário político-econômico, os consumidores estão com mais apetite e elevaram a busca por crédito em maio, em relação a maio de 2016. O aumento foi de 7,2%.

Na comparação com abril, o crescimento foi ainda maior, de 18,6%. No acumulado do ano, o crescimento foi de 1%.

Em todas as comparações, todas as faixas de renda elevaram a busca por crédito. Mas a baixa renda, com rendimentos mensais de até R$ 500, buscaram mais. O crescimento foi 9,3%, na relação com maio de 2016, e de 19,1% na comparação com abril.

Segundo os economistas da instituição, a queda da inflação e o recuo das taxas de juros estão, aos poucos, devolvendo o estímulo ao consumidor a retornar, ainda que muito gradualmente, ao mercado de crédito.

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