Por que a Havaianas é a marca mais amada pelos millennials brasileiros?
Saiba qual a estratégia da empresa que encanta consumidores da geração Y no Brasil e que colocou o nome da companhia mundo afora
Utilizar a frase “todo mundo usa” como um slogan pode parecer até meio soberbo para uma marca. Este, no entanto, não é o caso da Havaianas. A sua assinatura, de fato, remete ao que a marca representa para os seus consumidores. De acordo com o estudo “Marcas Mais Amadas pelos Millennials”, conduzido pelo Centro de Inteligência Padrão – CIP em parceria com o especialista André Torretta, a Havaianas é a marca mais prestigiada pelos millennials ( ou Geração Y, que contempla os nascidos entre 1985 e 1999) brasileiros por entender esses consumidores.
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A Havaianas se traduz em uma marca democrática, acessível e direta, assim como o pensamento do jovem brasileiro e de qualquer indivíduo que precise pensar muito bem antes de consumir qualquer coisa para não se enrolar financeiramente.
“Procuramos ser uma marca acessível para todas as classes sociais e temos um compromisso muito forte de ouvir o que o consumidor pede com relação aos nossos produtos”, explica Carla Schmitzberger, vice-presidente global de sandálias da Alpargatas. Um posicionamento que também demonstra propósito: outra grande demanda desses consumidores. “Quando decidimos uma nova linha, olhamos todos os detalhes para ter certeza que todo mundo vai realmente poder usar”, complementa Schmitzberger.
A consumidora Dayana Santos, de 25 anos, se considera uma grande fã dos chinelos e sandálias da Havaianas. O seu relacionamento com a marca começou quando ela tinha apenas um ano. Segundo ela, o principal fator para a marca representá-la é a praticidade.
“Se você quer ser raiz e usar um clássico chinelo branco e preto, a Havaianas tem. Se você é nerd e quer um chinelo de personagem, ela tem. Podem ser tons neutros, tons fluorescentes, com desenhos ou lisas. E, se você quer uma exclusiva, tem também”, explica. “Havaianas é pratica, como eu”.
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O Millennial brasileiro
Já faz alguns anos que o mercado analisa o público Millennial. Essa é “a geração que mudou as regras do jogo”, como define Amelie Karam, especialista norte-americana em Millennial Mindset – e representante desse perfil. Essas pessoas têm algumas características que desafiam as empresas de muitas formas. “Perseguir os sonhos não significa comprar um carro ou uma casa antes dos 30 anos. As mídias sociais mudaram a forma como pensamos sobre as coisas”, explica Amelie. “Agora, é possível ter uma visão geral de um produto ou serviço. Enxergamos a história das coisas”. A conectividade é essencial. Isso torna esses jovens bem informados e exigentes em suas relações de consumo.
Para André Torretta, consultor especialista em consumidores, é importante lembrar que grande parte dos estudos que já saíram sobre o comportamento da Geração Y leva em consideração recortes dos Estados Unidos ou da Europa. Poucos levantamentos olham para o jovem brasileiro – um requisito básico para uma boa estratégia local. “O Millennial brasileiro é o indivíduo que não conheceu o Brasil da abundância. Ele enfrenta o Brasil da crise e é isso que pauta sua relação com as marcas”, diz Torretta.
Democráticos
O especialista ressalta que as marcas em destaque entenderam esse contexto. “Não é uma questão de ser uma marca melhor ou pior, mas sim de entender o momento”, explica Torretta. A marca abraça ou afasta o seu consumidor? Ela entende a situação econômica do seu público ou o abandona no meio do caminho? Essas são algumas das reflexões que, segundo o especialista, precisam ser feitas.
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