O futuro do marketplace, segundo Magazine Luiza, Walmart e Via Varejo
Executivos de grandes companhias com forte atuação no digital falam sobre o que pensam do canal que só cresce no Brasil. Confira
A participação dos marketplaces no total das vendas do e-commerce já passou dos 25%. O canal tem sido visto por micro e pequenos empreendedores uma alternativa de ter acesso a um grande número de consumidores e, assim, aumentar as vendas.
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Do ponto de vista das empresas, o marketplace é uma forma de rentabilizar o e-commerce que, sozinho, ainda tem dificuldades de decolar em termos de lucro. Com o canal, grandes marcas aumentam o mix de itens oferecidos ao consumidor e, por conta da estratégia de remuneração – diferente do e-commerce elas conseguem garantir receita.
Não à toa, grandes redes de varejo, como Magazine Luiza, Walmart e Via Varejo – que detém as marcas Casas Bahia e Pontofrio – apostam no canal. Executivos dessas marcas estiveram no Rakuten Expo 2017 para debater justamente o futuro desse canal que tem crescido cada vez mais.
A era do serviço
“Existe uma grande preocupação em oferecer serviço para atender melhor o consumidor”, disse Paulo Madureira, diretor de Marketplace, Soluções e Serviços da Via Varejo. A companhia estruturou seu marketplace há mais de três anos e começa, agora, a pensar em estratégias que vão além do óbvio. “Estes três anos foram para resolver questões primárias e a partir desses desenvolvimento criou-se outras demandas como logística, atendimento e qualidade”, disse.
Efeito Amazon
Luiz Pimentel, diretor senior de Marketplace e Serviços do Walmart.com, também aposta em serviços voltados aos lojistas da plataforma. Ele afirma que os marketplaces estão em um cenário do e-commerce 3.0. “No e-commerce, o desafio é o caixa e como manter esse caixa. O e-commerce 3.0 é o cross-border e vai acontecer em um ano porque está todo mundo olhando para o Brasil”, disse.
O pequeno sempre terá vez
Ao contrário do que muita gente pensa, no marketplace do futuro terá vez. “O marketplace veio para o pequeno lojista como uma boa oportunidade de venda e escala rápida e depois você precisa cuidar do caixa, do estoque. Os percursores sofreram por conta da qualidade dos sellers”, disse Carlos Eduardo Alves, diretor de Marketplace do Magazine Luiza. Para ele, a preocupação excessiva com o seller é a bola da vez.