Greve dos caminhoneiros faz brasileiro antecipar compras de mercado

Por: Raphael Coraccini 6.027 views

Índice Cielo aponta aumento de vendas nos super e hipermercados com antecipação de compras. Especialista aponta que brasileiro está se preparando para agravamento da crise. Saiba mais

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) apontou que o comércio nos postos de gasolina começou a sentir para valer o impacto da greve dos caminhoneiros na sexta-feira, 25, quando houve queda de receita das vendas nesses estabelecimentos de 28%. A quantidade de vendas realizadas caiu 38%, reflexo direto da falta de oferta, que fechou diversos estabelecimentos. O gasto médio, no entanto, seguiu em alta: 15%.

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Nos dois dias anteriores, porém, a receita em postos de combustíveis chegou a dobrar na comparação com a média diária do início do mês de maio. Na quarta e na quinta-feira da semana passada, a quantidade de vendas e cresceu 53% e 31% respectivamente, bem como as receitas.

O segmento de supermercados e hipermercados também registrou alta nas vendas e na receita na quarta e quinta-feira da semana passada. Diferentemente do setor de postos de gasolina, a sexta-feira registrou alta nas vendas, sendo, inclusive, o dia que mais vendeu no setor na semana. No mês, ficou atrás apenas do sábado que antecedeu o dia das mães.

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Entre os dias 23 e 24 (quarta e quinta), o crescimento de receitas e vendas foi de 23%, enquanto no dia 25, o volume de vendas cresceu 52%. Os resultados indicam compras antecipadas para a criação de uma reserva no caso de agravamento da crise de abastecimento. O ICVA nos evidencia que a população brasileira tem se preocupado com itens de necessidade básica. Porém, pode ocorrer que esse segmento também seja afetado pela eventual escassez de produtos”, afirma Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo.

Outros setores impactados

O setor de alimentação, que contempla bares e restaurantes, teve queda de receita de 8% na quinta-feira (24) em relação ao mesmo dia da semana anterior (17). O segmento de vestuário e artigos desportivos registrou queda de 10% nas receitas e de 12% na quantidade de vendas.

No mesmo período, o setor de móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento, teve queda na receita de 19%. Materiais para construção registrou baixa de 16%. Ambos os resultados foram impactados pela diminuição na quantidade de produtos vendidos.

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