Intenção de consumo das famílias sobe 12,4% em junho
Resultado na comparação anual mostra boas perspectivas, mas situação mensal preocupa analistas; greve dos caminhoneiros ainda reflete nos números
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, registrou alta de 12,4% em junho, na comparação anual. Em relação ao mês anterior, houve queda de 0,5% na intenção, considerado pelos analistas um resultado abaixo das expectativas.
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Segundo o economista da CNC Antonio Everton Chaves Junior, as perturbações na economia com a greve dos caminhoneiros, a escassez na distribuição de produtos e a disparada do dólar afetaram as perspectivas, sobretudo de consumo e a disposição para compra de bens duráveis.
Mercado de trabalho
O resultado negativo da Intenção de Consumo das Famílias em junho, no comparativo mensal, foi mitigado pela percepção mais positiva quanto ao emprego atual, reflexo da melhoria no mercado de trabalho. Esse subíndice da pesquisa registrou aumento de 0,5% em relação ao mês passado e 5,8%, na comparação anual.
O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual também apresentou alta. Em 2017, o indicador era de 31,2% e este ano alcançou 33,9%.
Em relação às perspectivas de mercado de trabalho, o indicador recuou 0,4% na comparação com maio, mas ficou 7,1% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
Perspectivas para 2018
Mesmo considerando os impactos negativos decorrentes da greve dos caminhoneiros e a paralisação de linhas de produção durante alguns dias do mês de maio, a CNC mantém a expectativa de crescimento do comércio em 2018 e aponta alta de 5% no varejo ampliado.
Segundo a CNC, os impactos das manifestações de maio desequilibraram a economia no curto prazo, mas não devem comprometer a tendência de alta nas vendas em relação ao ano passado.
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