Ideias e Tendências que importam para o varejo do futuro
Especialista da WGSN, uma das maiores consultorias globais, fala no BR Week 2018 ideias e tendências que vão nortear o varejo do futuro. Confira
O varejo do futuro pode ser regido por Inteligência Artificial, Realidades Aumentada e Virtual, e Assistentes de Voz. Mas isso todo mundo sabe. “Essas tecnologias são importantes, não vou negá-las, mas elas já estão muito próximas de nós e vocês não precisam ouvir isso de mim”, afirmou Luiz Arruda, diretor da WGSN Mindset Latam, durante o BR Week 2018, o maior congresso de varejo do País.
O que existe no futuro do varejo vai além dessas tecnologias. “Quero falar de uma abordagem mais humana, porque tecnologia é ferramenta, mas existe esse elemento fundamental que o varejo deixou de lado, que é o caráter humano”, afirmou Arruda.
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Três Ideias
A partir dessa perspectiva, Arruda traça três ideias que devem movimentar o varejo do futuro.
Ideia 1 – Valores mais reais
“Essa ideia tem a ver com o novo contexto de marcas”, afirmou Arruda. “As marcas viraram pessoas e as pessoas viraram marcas e isso muda a forma como a gente acessa essas marcas e se relaciona com elas, por isso a gente quer falar com marcas com valores mais reais”, disse.
Ideia 2 – Volte ao básico
A própria ideia diz tudo. Nem sempre investir na tecnologia mais disruptiva vale a pena para o negócio. “Ouvir o consumidor é voltar para o básico. Parece que aquela imagem de varejo simples, que é a essência, é ultrapassado, mas não. É preciso voltar ao básico e ouvir o consumidor”, afirmou.
Ideia 3 – Re-humanização do varejo
“Esse conceito tem a ver em voltar para o básico, voltar para o consumidor. Estamos falando de novas métricas que surgem, que são mais subjetivas”, disse. A grande questão é, segundo Arruda, para onde as necessidades humanas estão indo? A partir dessa pergunta, é preciso entender as necessidades das pessoas e falar delas.
Três Tendências
A partir das ideias voltadas para o humano, Arruda traçou três grandes tendências para o futuro do varejo.
1. Novas relações com os produtos:
A Geração Z tem outros drivers de consumo, que inverteram a antiga lógica. “Para eles, o consumo é consequência da experiência. Antes era o contrário. Essa geração muda a ordem das coisas”, afirmou. Essa tendência, disse Arruda, é puxada pelos mais novos, que entendem o consumo de outra forma. “As demandas hoje não são por produtos, mas por experiências”, afirmou. Nessa tendência, há alguns conceitos-chave, como serviços pós-compras, que aumentam o ciclo de vida dos produtos. Outro conceito é a economia circular. No varejo, isso é representado pela oferta de serviços dentro da loja.
2. Vendendo com propósito
“Essa palavra ainda é importante e tem muita gente que precisa acordar para ela”, afirmou Arruda. Hoje, 75% dos consumidores tendem a apoiar uma marca por conta do propósito dela. “Vender com propósito é vender no sentido de estar conectado ao processo produtivo”, disse. Nesse contexto, se a gente não se antecipar, o consumidor vai fazer. A questão é: qual papel você exerce para o cliente?
3. Um mundo disponível para compra
“Estamos falando de novas formas de comprar. As pessoas querem uma experiência mais pessoais”, afirmou Arruda. Um dos conceitos por trás dessa tendência é o varejo residencial, quando as lojas são uma mistura de ambientes.