E se a inteligência artificial fizesse suas compras?
Estudo feito com consumidores dos Estados Unidos mostrou alto índice de pessoas que deixariam a inteligência artificial tomar o controle das suas aquisições
Inteligência artificial é um termo comum nas manchetes. Esta tecnologia é disputada por grandes empresas no setor. Mesmo assim, uma pesquisa do Grupo Omnicom mostrou que os consumidores lembram de aliens e robôs quando pensam na IA. A pesquisa apontou tendências sobre inteligência dos softwares no mundo.
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O levantamento mostrou que um terço dos consumidores dos Estados Unidos deixariam a Inteligência Artificial fazer compras por elas. Apesar disso, a maioria ainda se sente cautelosa com a tecnologia. Os pesquisadores perguntaram o que o termo causa nos entrevistados. Três quartos da geração Z (nascidos desde 2000) e da geração Y (1985 – 1999) se sentem curiosos. Na geração X (1965 – 1984) a proporção é ainda maior: 80% ficam curiosos.
IA nas compras
O estudo perguntou aos entrevistados qual seria a função da inteligência artificial no seu cotidiano se ela fosse uma pessoa. Neste cenário, a maioria quer a IA como um assistente pessoal 24 horas. Outros 35% escolheram ter uma pessoa que faz serviços gerais na casa. Um quarto (25%) querem a inteligência artificial como chefe de cozinha pessoal e 23% disseram que essa “pessoa” seria um amigo ou até da família.
A principal vantagem de deixar a tecnologia responsável pelas compras foi a economia de dinheiro. Cerca de 78% dos entrevistados disseram que esse seria o benefício mais relevante. Já 74% gostariam que a inteligência artificial encontrasse os melhores negócios para eles. As outras vantagens citadas foram poupar tempo (55%) e responder todas as dúvidas dos consumidores (42%).
Já o prazer de comprar pode atrapalhar as intenções da inteligência artificial no comércio. Um terço das pessoas afirmou que deixaria a softwares que usam IA fazer compras em seu nome. Mas a satisfação de fazer as próprias compras ainda é uma barreira que a tecnologia não derrubou. Os itens domésticos, como utensílios de limpeza, representam o segmento com maior aceitação para a tecnologia: aproximadamente 40% dos consumidores deixariam um computador comprar em seu lugar.
Quanto ao poder da inteligência artificial, os consumidores dividem opinião. Quase um terço (31%) dos entrevistados acha que a IA limita suas opções quando é responsável por oferecer um produto. Já 37% acreditam que isso iria expandir seu poder de compra e ajudar a enxergar outras coisas que não poderiam enxergar sozinhos.
Uso da IA
Já no ranking do uso da Inteligência Artificial, a geração z se mostra mais aberta aos recursos. Metade dos nascidos de 2000 em diante se dizem dispostos a usar ou usam chatbots – softwares que gerenciam a troca de mensagens, muito usados no e-commerce. As pessoas da geração X estão menos dispostas a conversar com os bots, apenas 40%.
A diferença é maior quando a pesquisa considera os assistentes virtuais. A proporção de consumidores da geração Z adeptos à assistentes como Alexa (Amazon) e Cortana (Microsoft) é de 50%. Já a geração X usa menos: apenas 24%. A aderência da Geração Y é um pouco maior: 37% usam ou estão abertos a usar os assistentes virtuais.
Mas os que usam a inteligência artificial ainda o fazem superficialmente. A pesquisa mostrou que os usuários fazem tarefas simples e que a metade dos que se dizem ser ativos usam o comando de voz. Entre os que gostam de usar a fala para ativar funções, 68% costumam pedir para os assistentes reproduzirem músicas. A segunda tarefa mais citada (56%) foi adicionar algum produto ao carrinho nas lojas virtuais.