Confiança do consumidor aumenta mas está longe do ideal, diz FGV

Por: Leonardo Pinto 2.625 views

Resultado de fevereiro é considerado baixo pelos especialistas, em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando a sensação de melhora era “muito tímida”

Crédito: Shutterstock

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou 6,7 pontos em fevereiro no comparativo anual com o mesmo período do ano passado. O resultado é considerado positivo na avaliação dos especialistas, mas ainda não há ânimo com os números.

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De acordo com a coordenadora da Sondagem de Expectativas Consumidor (FGV), Viviane Seda Bittencourt, o crescimento no ano passado foi muito tímido. Por isso, segundo ela, mesmo com o avanço deste mês no comparativo anual, a confiança ainda está longe de apresentar números realmente satisfatórios.  “No ano passado tivemos resultado positivo do indicador mas ainda estava num nível bem baixo. Isso é, sim, um ponto favorável e apresenta um cenário econômico, pelo menos, estável, mas ainda distante dos resultados pré-crise”, diz Bittencourt.

Confiança no mês

Em relação a janeiro, a confiança do consumidor caiu 1,4 pontos ao passar de 88,8 pontos para 87,4 em fevereiro. De acordo com o estudo, a perspectiva é sempre comparada à média de julho de 2010 a julho de 2015, quando os pontos chegavam a 100, considerado o número ideal de confiança. A pesquisa trabalha com a metodologia de variação entre 0 a 200.

Sobre a comparação mensal, de fevereiro para janeiro, a explicação da coordenadora do estudo de é que “a confiança dos consumidores em fevereiro retraiu, influenciada por uma menor satisfação com relação à situação econômica e perspectivas menos otimistas para os próximos meses”. Mas a especialista diz que os indicadores econômicos, como inflação e juros, não foram determinantes.

“Verificamos que a inflação não é considerada um problema para os consumidores, mas outros fatores, como a situação política e o ano eleitoral, podem estar influenciando na baixa da confiança”, diz Viviane Bittencourt.

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