Como investir em drones ajuda a empreender e inovar

Por: Leonardo Pinto 1.656 views

Os cursos de pilotagem e de gestão de negócios para o mercado de drones são alternativas para quem procura abrir um negócio inovador

créd: Divulgação/GTP

Seja para quem já tem uma empresa ou para aquele empreendedor que está querendo abrir um negócio, o mercado de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT), popularmente conhecidos como drones, pode ser uma boa iniciativa. As pequenas aeronaves são utilizadas como ferramentas de inovação (o Walmart, por exemplo, já usa no exterior para entregas a domicílio) ou até mesmo como o foco do modelo de negócio, ajudando pequenos empresários a abrirem suas empresas.

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A analista de sistemas Raquel Molina, em 2014, desenvolveu uma ideia que mudou o mercado de drones no Brasil. Junto a seu sócio Leonardo Minúcio, a empresária de 33 anos criou a Futuriste, companhia que oferece diversos cursos sobre o mercado de drones, fomentando o empreendedorismo.

Há quatro anos, eles ganharam como melhor ideia de tecnologia para o agronegócio, em competição organizada pelo Sebrae. Desde então, Raquel, primeira instrutora mulher do Brasil, conta ao portal NOVAREJO que o mercado só cresceu e que realmente vê vários perfis de empreendedores em seus cursos. “Tem de tudo por aqui, desde quem sabe fazer tudo com um drone, mas não entende nada de negócio, àquele que não sabe nem direito o que é um drone, mas quer aprender e abrir um negócio”, diz a empresária.

A empresa atua com venda de drones, assistência técnica, mas o que as pessoas procuram mesmo são os cursos. Os principais: pilotagem, montagem de drones, assistência e manutenção, gestão de negócios no mercado de drones e curso de filmagem.

Raquel reconhece que grande parte da demanda se interessa pela área de publicidade, eventos, filmagem, edição de vídeos. No entanto, ela afirma que há muitas outras áreas para desenvolver um modelo de negócio, como monitoramento das safras e pragas na agricultura, monitoramento ambiental, vigilância e segurança, e a parte de logística (mapear os centros distribuição nos estoques das grandes empresas).

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Investimento no mercado de drones

Segundo Raquel Molina, o investimento básico recomendado para ter um bom equipamento e começar profissionalmente na área de drones é de cerca de 11 mil reais. A quantia está distribuída entre cursos de gestão de negócios (visão do mercado, como atingir o cliente, características e perfil do consumidor e marketing), pilotagem, edição de foto e vídeo, um modelo de drone profissional, com duas baterias extras, e o auxílio de um advogado para ajudar na documentação de abertura da empresa e da regulamentação para utilizar o drone no Brasil.

Regulamentação

São três órgãos que o empreendedor deve prestar informações e fazer cadastros, dentro das normas estabelecidas pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial, aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em maio de 2017.

O primeiro cadastro a ser feito é na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O órgão deve ter o registro da radiofrequência do drone. Raquel afirma, no entanto, que quando o drone é comprado em lojas reguladas e de acordo com os padrões, não é preciso realizar esse procedimento, uma vez que o drone já foi homologado pela Anatel. Depois, o registro do drone deve ser feito na própria Anac. O processo também envolve o cadastro do piloto, que deve comprovar a realização de um curso para atuar na área.

Por fim, o drone deve ser autorizado para voar, incumbência do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Na plataforma online do órgão, é necessário que o usuário do drone informe antecipadamente a realização de um voo. Essa ação deve ser autorizada pelo Decea, caso contrário o empreendedor pode ser multado ou punido perante a lei.

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